Os Orixás são manifestações dos Sete Fogos do Espírito, ou Tronos Divinos, que sustentam as Matrizes da Criação. Cada um expressa uma frequência original da Fonte, como amor, justiça, sabedoria, transformação, equilíbrio e força. Essas potências não têm forma definida, mas a humanidade, ao longo das eras, traduziu suas características em arquétipos com nomes, histórias e atributos. Na Umbanda e em outras tradições afro-brasileiras, essas forças foram compreendidas e ritualizadas como os Orixás.

Embora diferentes culturas tenham nomeado essas potências de formas distintas, a origem é uma só: a Fonte Criadora, que se manifesta por meio de seus Códigos Divinos. Entre todas as tradições espirituais, os Orixás preservaram um grau altíssimo de pureza, graças à resistência espiritual e cultural do povo preto e seus descendentes, que protegeram esses saberes da corrupção, da banalização e do egoísmo religioso.

Os Orixás não são apenas divindades exteriores. São caminhos internos de reconexão com o Eu Superior e com o Propósito. São seres que viveram experiências humanas e, a partir delas, despertaram suas naturezas divinas, realizando o processo sagrado da Apoteose, quando a alma se reconhece como parte viva da Fonte.

Na Umbanda, os Orixás são guias da alma. Cada um representa uma força fundamental do universo e, ao mesmo tempo, uma possibilidade concreta de evolução pessoal. Por isso, mais do que rituais ou crenças, o culto aos Orixás pede consciência, responsabilidade e compromisso com a luz.

Preservar seus arquétipos em sua essência mais pura é um ato de respeito ao sagrado e à própria humanidade. Os Orixás são pontes entre os mundos, instrumentos de cura, libertação e ascensão. São manifestações da Fonte, colocadas ao nosso alcance para que cada ser humano se lembre de quem é e possa cumprir com coragem e verdade o seu propósito na Terra.